Muita gente acredita que clientes sempre escolhem a marca. Eu penso diferente: quando o branding é bem feito, é a marca que escolhe seus clientes.
O posicionamento certo não serve para atrair qualquer um, mas para filtrar. Ele cria clareza sobre o que você entrega, para quem entrega e em quais condições. E esse filtro vale ouro.
O mito de “vender para todo mundo”
Quando uma marca tenta agradar todos, acaba não agradando ninguém. Essa é a armadilha do genérico: discurso raso, promessa sem impacto e público disperso. Resultado? Baixo valor percebido e clientes inconsistentes.
A força do filtro estratégico
Uma marca clara estabelece critérios. Ela se posiciona, deixa evidente suas escolhas e, com isso, atrai quem compartilha da mesma lógica. É assim que surgem clientes mais engajados, que entendem o valor da proposta e não questionam cada detalhe de preço.
Exemplos práticos
RH e employer branding: empresas que assumem claramente sua cultura atraem talentos alinhados e reduzem turnover.
Serviços premium: um estúdio que comunica “rigor e sofisticação” filtra de saída quem busca soluções rápidas e baratas.
Produtos autorais: quando o criador mostra seu ponto de vista, ele naturalmente cria uma comunidade em torno disso.
Como a marca “escolhe”
Mensagem afiada: fale para alguém, não para todos.
Identidade coerente: estética que reforça a promessa.
Oferta clara: mostre o que está dentro (e fora) do escopo.
Tom de voz firme: parceiro estratégico, não fornecedor submisso.
Conclusão
Marcas que escolhem seus clientes não têm mais público, têm o público certo. E isso faz toda a diferença na reputação, no ticket e no impacto.
Se você sente que sua marca está aceitando qualquer cliente, talvez seja hora de inverter o jogo.